Unhas cromadas são tendência! Veja 7 inspirações e como fazer
da dobrowin:As unhas cromadas são a febre do momento entre as nail arts, estando entre as principais buscas do Google! O efeito brilhante dá um toque metalizado grunge ao visual, e está entre o favorito das celebridades, como Hailey Bieber, Dua Lipa e Kylie Jenner.
da dobrowin:Mas, é possível fazer as unhas com efeito cromado de casa? Conversamos com Dani Trigas (@trigasnails), nail artist e fundadora do Studio Psycho, que já atendeu celebridades como Anitta e Duda Beat, sobre a tendência e, claro, também selecionamos 7 inspirações incríveis.
Como fazer as unhas cromadas em casa?Com pó cromado
O efeito cromadopode ser feito facilmente de casa, mas a expert em unhas deixa claro que, em algumas técnicas, será necessário ter amais do que o esmalte: “Tudo começa com uma manicure em gel, ou seja, será necessário ter em mãos os preparadores de unha: desidratador, primer ácido, adesivador e, por fim, mas não menos importante, o esmalte de gel na cor desejada que ficará no fundo deste efeito cromado”.
Se você já tem unhas em gel, aplique uma camada de esmalte em gel na cor desejada e sele com as ajuda de uma cabine de LED: “Para o efeito cromado ou glazed donut, é necessário ter sim uma cabine de LED, preparadores, esmalte em gel, bem como o top coat, que é o produto que faz a selagem desse pó de efeito”. Após passar pela cabine, aplique o pó cromado na unha e finalize com uma top coat transparente.
Vale dizer que alguns pós cromados disponíveis no mercado afirmam funcionar sem a necessidade do esmalte em gel, e alguns cumprem o que prometem, mesmo que com um efeito menos espelhado.
Continua após a publicidadeCom esmalte espelhado ou sombra
Pois é, nem todos sabemos como fazer unhas em gel ou temos a cabine LED, mas isso não significa que não podemos atingir o efeito em casa!
“O esmalte espelhado com efeito semelhante ao pó cromado é o mais indicado para se utilizar em casa, pois não necessita do investimento em preparadores, pois esses esmaltes convencionais possuem solventes em sua fórmula, possibilitando a secagem sem uso de cabine”, explica Dani.
Para isso, prepare as unhas como de costume e aplique o esmalte espelhado. Simples assim! Mas, caso você não tenha esmaltes do tipo em casa, a nail artist também revela uma dica: ao invés de aplicar pó cromado, aplique sombra de olhos cintilante por cima do seu esmalte favorito e sele com uma top coat transparente.
7 inspirações de unhas cromadasFrancesinha invertida cromada
A francesinha, uma técnica clássica entre as nail arts, pode ser facilmente reinventada com o efeito cromado — e, claro, dando uma leve invertida! Moderno, e ainda assim delicado.
Cromado branco e elegante
Para além das unhas cromadas, as esmaltações brancas e delicadas estão com tudo, sendo cada vez mais procuradas na internet. Então, nada melhor do que unir ambas as tendências, não é mesmo?
Para reproduzir, aplique uma camada fina de esmalte branco, deixando o efeito quase translúcido.
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Em seguida, aplique uma camada de pó cromado branco ou sombra cintilante branca nas unhas, e finalize com uma camada de extra brilho.
Efeito cromado rachado
Procurando por uma nail art no estilo grunge? Este efeito, que lembra pequenas rachaduras, é bonito e prático – e funciona com o pó cromado mesmo sem o esmalte em gel.
Unha espelhada
Se você não estiver no clima de nail arts elaboradas, aposte no visual 100% espelhado. Prateado e dourado são opções mais clássicas, mas ainda assim com toque futurista, e há a opção de ousar mais com versões coloridas.
Nail art cromada com estrelas
Essa é para quem está em busca de uma esmaltação mais divertida, mas ainda dentro da moda! Combine francesinhas com unhas completamente pintadas, e as estrelas pintadas em um tom mais suave que o de base.
Francesinha cromada
Não poderíamos deixar a francesinha clássica de fora! Vale apostar em suas cores favoritas, já que ela é discreta, mas ainda assim garante o toque moderno por conta do metalizado.
Francesinha cromada verde
O efeito cromado não precisa sempre se limitar ao prateado ou ao dourado, ele também pode ser divertido e colorido!
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Enchentes, mortes e destruição: o que pode ser feito para evitar os impactos das fortes chuvas?
da :Ano após ano, as notícias de enchentes e seus estragos repetem-se em meio a ausência de políticas públicas preventivas contra esse tipo de desastre ambiental. Nas primeiras duas semanas de 2024, as populações de São Paulo e Rio de Janeiro– as duas cidades mais populosas e ricas do país segundo o Censo 2022do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – enfrentaram perdas de vidas e materiais após fortes chuvas.
da 888:::Eduardo Paes pede que população do Rio de Janeiro evite se deslocar após fortes chuvas::
Aparece nos números a ineficiência dos governos em gerir recursos para criar e implementar políticas de prevenção e mitigação. Em São Paulo, por exemplo, o prefeitoRicardo Nunes (MDB), deixou de utilizar R$ 413 milhões dos recursos empenhados para Gestão dos Riscos e Promoção da Resiliência a Desastres e Eventos Críticosao longo de 2023. Segundo levantamento feito pelo G1com base em dados do Portal da Transparência, foram usados apenas R$ 1,6 bilhão dos R$ 2,1 bilhões empenhados. O órgão é responsável pela manutenção de sistemas de drenagem,monitoramento e alerta de enchentes.
Pedro Luiz Côrtes, professor do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (IEE-USP) e coordenador da Rede Internacional de Estudos Sobre Meio Ambiente e Sustentabilidade (Rimas), defende que as autoridades precisam agir em relação às transformações do clima.
::'Há muito trabalho a ser feito nas cidades atingidas pelas enchentes', diz dirigente do Movimento dos Atingidos por Barragens::
"Fica claro que os políticos, de maneira geral, não entendem que as mudanças climáticas são uma realidade e que impõem uma atuação muito mais intensa aos municípios. Decisões simples, que poderiam ser implementadas sem grandes custosnum primeiro momento, sequer são pensadas", afirma.
Medidas que não foram tomadas
O professor explica que, a partir do conhecimento das áreas mais suscetíveis aos impactos pluviaise das previsões climáticas e meteorológica, há medidas rápidas e de baixo custopossíveis. Odisparo de mensagens para os celulares dapopulação em áreas de risco e a indicação de centros de acolhida, por exemplo, tem custo zero.
::Menino de 6 anos morre após chuvas em Juquitiba, em São Paulo::
"Não precisa gastar dinheiro com isso. Simplesmente basta a Defesa Civil de cada município pedir para as operadoras de telefonia celular enviarem um alerta sobre chuvas intensas na área e possibilidade de alagamento em tais vias. Isso é feito de maneira mandatória, ou seja, independente da pessoa querer ou não receber, ela receberia esse informe", comenta Côrtes..
Chuvas no Rio de Janeiro já deixaram cerca de 12 mil desalojados / Mauro Pimentel/AFP
A médio e longo prazo, o professor sugere melhorias no sistema de drenagem de água pluvial, realocação de populações que vivem em regiões de risco e recomposição de tais áreas. Côrtes explica que "os bairros mais antigos de São Paulo, por exemplo, têm uma rede de escoamento de água de chuva baseada em padrões europeus ou estadunidenses". Esses modelos, no entanto, são para um clima temperado, sem chuvas intensas como acontece em países tropicais.
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As ruas e calçadas cimentadas causaramuma impermeabilização expressiva dos solos.Com uma menorabsorção da água, as galerias de drenagem são mais demandadas. “Numa condição normal, elas já apresentam dificuldade de escoamento. Agora as mudanças climáticas impõem um novo cenário. As chuvas são muito concentradas, muito intensasdurante um período de tempo (…)Então é preciso manter o serviço constante de limpeza e desobstrução de galerias de água pluvial ebueiros; ampliar a capacidade dessa rede para que o escoamento seja facilitado; e [implementar] políticas de aumento da permeabilidade do solo”, diz Côrtes.
Outro exemploé a implementação do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) Verde. Aprovado no Senado Federal, a legislação prevê alíquotas diferenciadas nos casos de aproveitamento de águas pluviais,reuso ou tratamento das águas residuais,telhados verdes ou energia renovável, entre outros casos. Agora, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 13/2019 precisa ser aprovada pelo plenário da Câmara dos Deputados.
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“Isso daria incentivo, por exemplo, aos imóveis com calçadas permeáveis e aumento das áreas verdes. Os edifícios novos em São Paulo, por exemplo, são obrigados a fazer uma caixa de retenção de água de chuva, porque aí retardam o envio dessa água para o sistema de água pluvial. A gente não tem uma solução única para todos esses problemas. A gente tem outras alternativas que podem ser utilizadas e que não estão sendo utilizadas.”
O professor também fala sobre a necessidade de realocar populações que moram em áreas de risco, “com a criação de habitação com segurança, infraestrutura de transporte, educação, energia, saneamento, para poder efetivamente dar uma opção para as pessoas que estão em área de risco”.
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Côrtes afirma que as áreas de risco também precisam passar por uma reforma. Por exemplo, eventualmente uma encosta precisa receber obras de contenção e recomposição da vegetação natural.
Racismo ambiental
A discussão sobremudanças climáticas chama atenção para oracismo ambiental. No Rio, as chuvas afetaram diversas regiões, incluindo áreas nobres, como a zona sul da capital. Os impactos mais expressivos, no entanto, foram registrados nas áreas mais pobres.
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, escreveu em seu perfil no X, antigo Twitter, que está acompanhando os impactos das chuvas no Rio de Janeiro. Até o momento, pelo menos 12 pessoas morreram, 12 mil pessoas estão desalojadas e 300 estão desabrigadas, segundo a Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do estado.
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As chuvas atingiram principalmente as cidades de Belford Roxo, Jeperi, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu, Queimados, São Gonçalo e São João de Meriti. “Estou acompanhando os efeitos da chuva de ontem nos municípios do Rio e o estado de alerta com as iminentes tragédias, fruto também dos efeitos do racismo ambiental e climático. Algumas prefeituras do estado já estão mobilizadas”, disse a ministra.
Mais tarde, da cidade de Belford Roxo, a chefe da pasta disse que “nenhuma medida será plenamente eficaz enquanto não pensarmos as soluções colocando no centro as populações mais vulnerabilizadas, em sua maioria as pessoas pobres e negras.”
Em São Paulo, entre dezembro de 2022 e março de 2023, durante as operações de chuva de verão, foram registrados cerca de 300 alagamentos. Na segunda semana de janeiro deste ano, as chuvas já causaram mortes, alagamentos, quedas de árvores e o aeroporto de Congonhas, na zona sul, chegou a suspender o pouso de aeronaves.
Geiza Izabel, 61 anos, mostra sua casa e pertences danificados por uma enchente na comunidade de Heliópolis, cidade de Belford Roxo, no Rio de Janeiro / Mauro Pimentel/AFP
Rita Maria da Silva Passos, membro da Rede Brasileira de Justiça Ambiental e pesquisadora do Instituto de Planejamento Urbano e Regional da UFRJ, explica que o conceito de racismo ambiental diz respeito a práticas e políticas que afetem direta e indiretamente populações vulneráveis com relação à qualidade de vida ambiental.
Nesse sentido, a pesquisadora afirma que “é necessário zelar pela vida de pessoas que estão em áreas mais vulnerabilizadas e mais suscetíveis a enchentes, alagamentos, remoções, etc. Há um histórico aí de políticas nocivas à qualidade de vida de pessoas não brancas. Isso é o racismo ambiental”, afirma. “Se tem enchente na Baixada Fluminense, a Lagoa de Rodrigo de Freitas também está abaixo do nível do mar e não acontece a mesma coisa. Ou seja, existe uma desigualdade no tratamento dessas pessoas.”
Edição: Nicolau Soares e Matheus Alves de Almeida
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Senador com fazenda sobreposta a terra indígena faz defesa do marco temporal na CCJ
da melhores cassinos online lvbet casino:O senador Jaime Bagattoli (PL-RO) defendeu nesta quarta-feira (27) o Projeto de Lei (PL) que institui o marco temporal das terras indígenas. O PL 2903, que implementa a tese jurídica ruralista derrubada no Supremo Tribunal Federal (STF), está em votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.
da Acesso Série A:Dono de transportadoras, fazendas e postos de combustíveis, Bagattoli defendeu proprietários de terras que, segundo ele, receberam títulos de propriedade legítimos na durante a última ditadura militar (1964-85). “Toda a documentação existia”, pontuou o parlamentar.
“Em Rondônia, tem muitos proprietários de terras que vão perder terra com essa situação do marco temporal”, prosseguiu.
Segundo o dossiê “Os Invasores II”, elaborado pelo observatório “De Olho Nos Ruralistas”, Bagattoli é um dos 42 políticos identificados com fazendas incidentes sobre terras indígenas.
::Ruralistas desafiam STF e votam marco temporal 'turbinado' no Senado ::
“De acordo com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), a Transportadora Giomila, parte do grupo empresarial fundado por Jaime e seu irmão Orlando Bagattoli, é titular da Fazenda São José, um imóvel de 1.118,25 hectares dedicado à pecuária bovina. A área foi adquirida pelos irmãos em 2011, por meio da penhora de uma dívida contraída pelos antigos proprietários, com 0,26 hectares — isto é, 2.600 metros quadrados — sobrepostos à TI Rio Omerê, um território de indígenas de recente contato, homologado desde 2006”, escreveu o De Olho Nos Ruralistas.
Mapa do dossiê "Os Invasores II" aponta grilagem de antigos proprietários da Fazenda São José / De Olho Nos Ruralistas
Ruralistas do Senado enfrentam STF
Bagattoli é apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e integra a bancada ruralista, que desafia o STF ao pautar o marco temporal das terras indígenas no Senado. A tese jurídica ruralista foi declarada inconstitucional por 9 a 2 no Supremo. Até a publicação desta reportagem, a votação na CCJ ainda não havia começado. Por conter maioria de ruralistas, a tendência é a que CCJ aprove o PL 2903 e encaminhe o projeto ao plenário da Casa.
::Ruralistas acusados de invadir terras indígenas financiam defensores do marco temporal ::
Nesta quarta-feira (27), Bagattoli negou – em discurso no qual se referiu a si mesmo na terceira pessoa – ser proprietário de fazendas sobrepostas a terras indígenas e afirmou que vai entrar na Justiça contra órgãos de imprensa que noticiaram a sobreposição.
“Eu vi muitos sites publicando que o senador Jaime Bagattoli estava defendendo o marco temporal, porque ele tinha terras dentro das áreas indígenas. Eu estou inclusive entrando com uma ação porque eu não tenho nenhum hectare com problema dentro de reserva indígena ou de futuras reservas que venham a ser demarcadas”, afirmou durante a sessão na CCJ.
O Brasil de Fatosolicitou posicionamento da assessoria do senador Bagattoli, mas não houve resposta.
Edição: Rodrigo Durão Coelho
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'Envio de policiais ao Haiti não foi decisão do Quênia, foi de um presidente reacionário', afirma liderança popular do país
da Copa do Brasil Sub-20:A Suprema Corte do Quênia barrou temporariamente o envio de forças de segurança ao Haiti. A missão internacional tinha sido aprovada pelas Nações Unidas no início do mês. A decisão da Suprema Corte, prorrogada no último dia 24, veio após pressão dos movimentos populares e de uma ação movida pelo líder da oposição Ekuro Aukot, que argumentou que o envio de forças policiais é inconstitucional.
da dobrowin:Para entender mais esse assunto, o Brasil de Fato conversou com Gacheke Gachihi, líder do Centro de Justiça Social de Mathare,um movimento popular localizado na área urbana de Nairobi, capital do Quênia, e que articula outros movimentos populares no país. A organização faz campanhas de direitos humanos, justiça social, direito à água, e também compõe a luta pela transformação democrática no país africano.
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Movimentos populares haitianos se posicionam há meses contra uma nova intervenção militar no país. O posicionamento é motivado pela avaliação negativa sobre o legado da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah), que foi chefiada pelo Brasil entre 2005 e 2017 e contribuiu para o enfraquecimento do Estado hatiano e a dependência econômica externa.
Confira a entrevista completa:
Brasil de Fato: O que está acontecendo no Quênia? O que pode nos contar sobre a missão militar arquitetada pelo presidente William Ruto no Haiti?
Gacheke Gachihi: É uma situação horrível em que o Quênia se encontra. Um novo regime tomou o poder no país há quase um ano. O presidente é um reacionário. Foi eleito pelas igrejas evangélicas, pela direita cristã e fundamentalista. Ele é um neoliberal. Esse presidente, William Ruto, não é muito diferente do Bolsonaro. Eles vêm da mesma linha política e histórica. E foi cooptado pelo imperialismo dos EUA para trabalhar para eles.
O Quênia tem seu histórico com as forças imperialistas. Nairobi é como um quintal do imperialismo. Viemos de uma colônia britânica, temos muita influência militar estadunidense no Quênia.
Então a postura do presidente de enviar mil policiais quenianos ao Haiti não foi uma decisão do Quênia, foi uma decisão de um presidente reacionário, e ele foi claro quando foi à reunião da ONU, a Assembleia Geral. Ele afirmou que mandaria mil soldados ao Haiti como resposta ao que estava ocorrendo lá. Mas o problema do Haiti é um problema dos EUA, que levou violência armada ao Haiti. É uma crise do imperialismo o que levou violência ao Haiti.
O Haiti e a América Latina têm um vínculo muito poderoso por conta da Revolução do Haiti que inspirou Simón Bolívar. Então nos sentimos muito mal como quenianos e africanos por ter um presidente reacionário que tomou essa decisão.
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Na nossa Constituição, o presidente não tem mandato para mandar o Exército ou a polícia a outro país sem a aprovação do Parlamento. E essa decisão não passou pelo Parlamento. Além disso, um partido com que temos aliança, que trabalha conosco e se organiza em torno disso, e camaradas dos movimentos de direitos humanosforam à Justiça e conseguiram uma ordem para parar o envio de policiais ao Haiti se não houver aprovação do Parlamento, seguindo o que diz a Constituição. A decisão do presidente é inconstitucional. Não tem respaldo na lei queniana.
É uma iniciativa populista desse presidente, e ele defendeu isso em Nova York, na Assembleia Geral da ONU. Houve também um protesto e uma petição no Quênia que afirmou que era uma decisão equivocada, que o presidente William Ruto está agindo como um fantoche dos EUA.
E muitas pessoas estão felizes em ver haitianos protestando nos EUA e condenando as ações do presidente do Quênia, William Ruto, que é um fantoche das forças imperialistas. E a decisão que tomou não é uma decisão nossa.
Gacheke, são em torno de mil policiais ao todo?
Sim, mil. E acontece o seguinte. Quando há uma crise do imperialismo, eles usam países de terceiro mundo para limpar a bagunça deles. Somos contra isso. Então estamos fazendo um protesto, uma campanha e uma petição contra essa decisão, que já foi repudiada pela nossa Justiça e pelo Parlamento.
Por que essa missão é tão interessante para os EUA? O que você pode dizer sobre essa relação entre EUA e Quênia?
O Quênia é um Estado-cliente dos EUA. Então querem usar o Quênia e já usaram outros países para criar maquinário e combater como no Iraque ou na Líbia. É a mesma coisa. Agora perguntam diretamente se podemos enviar nossa polícia para realizar essa tarefa no Haiti. Sempre fazem isso da mesma forma. São apêndices do imperialismo: a militarização, o fascismo. E o problema do Haiti é uma criação estadunidense. Agora estão vindo até nós.
O Quênia é só mais um dos países onde eles se envolvem no treinamento militar da polícia para realizar execuções ilegais. Isso também acontece no Brasil, há muitos assassinatos de pessoas pobres pela polícia. O mesmo ocorre no Quênia, são execuções ilegais. A polícia é treinada por Israel e pelos EUA. Por que são treinados assim? Para que estejam ligados e possam ser enviados, porque foram treinados por eles. Não é diferente do que os EUA fazem na Colômbia.
É a mesma cartilha que usa a violência de Estado para tentar resolver problemas políticos criados por eles. Porque o problema do Haiti é uma criação estadunidense. E não é uma questão que necessite uma solução militar.
O problema do Haiti precisa de soluções políticas. Mas justamente porque os EUA não querem sair do Haiti e solucionar o problema político de construção de instituições democráticas, da economia e do país, eles resolvem criar um conflito militar, um conflito policial no Haiti. E assim continuar criando sectarismo e violência.
É o mesmo que vêm fazendo há muitos anos na América Latina, na Colômbia, na Guatemala, em El Salvador. É a mesma coisa. O roteiro é o mesmo. É o que estão fazendo.
Os movimentos populares vêm protestando contra essa medida e vem tendo papel central para barrar o envio das tropas. Qual a relação entre o governo e os movimentos no Quênia?
O Centro de Justiça Social de Mathare lidera os movimentos sociais no Quênia, porque estamos localizados na periferia, na favela, em assentamentos informais. Estamos documentando casos de execuções ilegais há sete anos.
Então o governo não está feliz porque nós fazemos petições, protestos e marchas, e também escrevemos cartas para a comunidade internacional dizendo que a decisão deste governo não é diferente do que fazem com o nosso povo. E nossa polícia é a pior possível porque é violenta, é uma ferramenta de opressão.
E, como disse, ela também foi treinada pelos EUA e Israel para fazer policiamento e execuções ilegais. Então não gostam de nós porque documentamos violações aos direitos humanos. Mas ainda contamos com o apoio popular e essa decisão foi repudiada por muitas pessoas. Na internet, muitas pessoas escreveram que foi uma decisão equivocada.
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Além disso, haverá o nosso protesto e nossa campanha contra a decisão. O Estado queniano nunca esteve do nosso lado.Está sempre minando o nosso trabalho e, mesmo agora, preparou uma carta dizendo que deveríamos parar de defender os direitos humanos e de documentar essas violações.
Então a questão do Haiti foi alvo de críticas no Quênia por muitos movimentos sociais, forças políticas e partidos. É uma aliança poderosa que se opõe a essa decisão. E as coisas não vão continuar assim.
O que podemos dizer é que é importante ter uma petição unificada em solidariedade entre o Haiti, o MST, os movimentos sociais quenianos, para fazer uma campanha internacional que denuncie não só essa decisão, mas também o modo como os EUA usam países de terceiro mundo como o Quênia para treinar e criar maquinário para desestabilizar outros países.
Para concluir, acha que o presidente queniano falhará nessa missão?
Não será bem-sucedida. Em primeiro lugar, foi repudiada internacional e nacionalmente. As instituições democráticas do Quênia já interromperam o envio de policiais para o Haiti. Haverá resistência à missão tanto na esfera local quanto internacional. E o que posso pedir é que os movimentos sociais façam uma campanha internacional contra isso, tanto na Assembleia da ONU, quanto na África, África Oriental, e em nosso país.
Precisamos que os movimentos da América Latina estejam conscientes de que os EUA vêm usando a polícia e o Exército para gerar violência, assassinar ativistas e cometer execuções ilegais.
Precisamos que os movimentos se unam com os da África para repudiar essa missão, porque a mesma tática e estratégia que os EUA já usaram na América Latina está agora sendo usada na África, a começar por essa missão do Haiti.
Quanto mais movimentos na América Latina entenderem o papel do Exército e da polícia dos EUA na desarticulação dos próprios movimentos e das forças democráticas e na derrubada de governos na região. São exemplos idênticos, a cartilha é a mesma na Guatemala, El Salvador, Brasil, Colômbia. Tudo igual. Então precisamos caminhar juntos.
Edição: Nicolau Soares
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Jeep Gladiator 4xe: picape do Wrangler terá versão híbrida em 2025
da Estádio do Morumbi:O Jeep Wrangler 4xe é o modelo híbrido plug-in mais vendido dos Estados Unidos. Agora, a marca quer tentar estender o sucesso da configuração eletrificada também para a picape do modelo, a Gladiator, que ganhará o mesmo conjunto a partir de 2025.
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da fezbet:A novidade foi confirmada pelo CEO global da Jeep, Antonio Filosa, que já comandou a Stellantis na América do Sul, em uma publicação em seu LinkedIn.
O executivo não divulgou muitos detalhes, mas é bastante provável que a nova Jeep Gladiator 4xe siga os passos do “irmão” Wrangler. Isso significa que o modelo poderá ser equipado com um motor 2.0 turbo de quatro cilindros acompanhado de um motor elétrico, este alimentado por uma bateria de íons de lítio de 17,3 kWh.
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Nesta configuração, o Wrangler 4xe gera 375 cv de potência e 69,4 kgfm. Além de ser a segunda versão mais potente do SUV, ele ainda pode rodar 33 km utilizando apenas o seu motor elétrico, sem gastar uma gota de gasolina.
A Gladiator 4xe deve vir com uma configuração semelhante, mas terá um preço maior. A versão híbrida do Jeep Wrangler custa cerca de US$ 50.695 (R$ 256.600), cerca de US$ 10.000 (R$ 50.000) a mais que a versão imediatamente inferior. Se colocarmos essa mesma matemática para aGladiator, a versão 4xe custará cerca de US$ 52.000 (R$ 264.500).
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No Brasil, a Jeep oferece a Gladiator apenas na versão Rubicon por R$ 499.990, com motorização V6 3.6 a gasolina de 284 cv de potência. Ainda não há qualquer tipo de sinalização sobre a venda do modelo por aqui, o que é pouco provável. Caso seja vendida, porém, deverá ter preços acima dos R$ 600.000.
A nova versão ajudará a preencher um pequeno vazio deixado pelas versões EcoDiesel, que pararam de ser fabricadas no ano passado quando a fábrica de Belvidere, Illinois (EUA), foi fechada.
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Quatro Rodas no YouTubeJeep Compass 2025 com 2.0 TURBO da Rampage ANDA MUITO e está MAIS BARATO
O novo Jeep Compass 2025 estreia não apenas com versões bem mais potentes, mas com descontos generosos ao longo da linha. Duas novas versões ganham o motor 2.0 turbo a gasolina Hurricane, que estreou na Rampage. São 272 cv e 40,8 kgfm! Confira!
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Rio Grande do Sul
da dobrowin:O Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre (RS), estará fechado por tempo indeterminado, com todos os voos suspensos. A Fraport, empresa que administra o aeroporto, estima que o dia 30 de maio será a data final da suspensão das operações.
da dobrowin::: Com 5 assentamentos submersos, MST lança campanha para apoio aos atingidos pelas enchentes no RS ::
"A Fraport Brasil informa que as operações no Porto Alegre Airport seguem suspensas por tempo indeterminado. Para cumprir a legislação aeroportuária, hoje (6), foi emitido um NOTAM (Notice to Airman) com data final em 30/5, que se trata de um documento, reconhecido internacionalmente, que tem a finalidade de divulgar alterações e restrições temporárias que possam ter impacto nas operações aéreas. Este aviso se destina às empresas e instituições relacionadas à aviação e pode ser alterado a qualquer momento. Esclarecemos que não há previsão de retomada das operações", divulgou a empresa.
O local já estava fora de operação desde a última sexta-feira (3), quando as águas do Guaíba começaram a subir e empresas aéreas cancelaram voos.As companhias aéreas Latam, Gol e Azul já publicaram comunicados garantindo o reembolso ou remarcação das passagens sem a cobrança de taxa extra.
Com o fechamento do aeroporto de Porto Alegre, a Base Aérea de Canoas torna-se o principal ponto de entrada de cargas no estado. "Não vamos ter voo de passageiros, portanto, o Rio Grande do Sul fica ilhado. Tem muita gente [no estado]. Turistas, pessoas que vieram para a Serra ou a negócios e não conseguiram sair. Isso também é um problema a mais", disse oprefeito Sebastião Melo (MDB) em entrevista à Globo News.
O Rio Grande do Sul enfrenta fortes temporais que já resultaram na morte de 85 pessoas, segundo o último balanço divulgado pela Defesa Civil.O boletim ainda aponta que há outros 4 óbitos sendo investigados. O estado registra 134 desaparecidos e 339 feridos.Um levantamento da Ufrgs estima que quase 600 mil tenham sido atingidos pelas enchentes na Grande Porto Alegre.
A previsão de chuva a partir da metade desta semana em áreas já devastadas por temporais volta a deixar a população do estado em alerta.Além das chuvas, existe a possibilidade de rajadas de vento intensa, superiores a 100km/h. O Inmet também sinaliza risco de queda de granizo.
Edição: Katia Marko
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Julgamento de Moro será retomado na terça após pedido de vista; placar está em 3 a 1
TON MOLINA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDOO desembargador Julio Jacob Junior pediu vista, mais tempo para análise do caso de Sérgio Moro
da dobrowin App:Após Cláudia Cristina Cristofani, o desembargador Guilherme Frederico Hernandes Denz também votou contra a cassação do senador Sérgio Moro (União Brasil), durante o julgamento que foi retomado nesta segunda-feira (8) pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR). Os dois seguiram o voto do relator, Luciano Carrasco Falavinha. O placar está em 3 a 1. O julgamento será retomado nesta terça-feira (9) e decide o futuro de Moro, que é investigado por suposto abuso de poder econômico e caixa dois nas eleições de 2022. O desembargador Julio Jacob Junior pediu vista, mais tempo para análise do caso. Já o magistrado Anderson Ricardo Fogaça afirmou que iria aguardar o posicionamento do colega para se manifestar, enquanto Guilherme Frederico Hernandes Denz resolveu antecipar o voto. Julio Jacob Junior e Ricardo Fogaça se comprometeram a apresentar seus votos sobre o caso nesta terça-feira (9) em sessão prevista para as 14h. O presidente do TRE Sigurd Bengtsson, que vai se manifestar sobre o processo de Moro em razão de envolver um pedido de cassação de senador, também vai se posicionar amanhã. O caso ainda pode aportar no Tribunal Superior Eleitoral em grau de recurso. O TRE estima que os autos podem ser remetidos à Corte superior em maio caso isso ocorra.
Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp! WhatsApp Votação
da betsul:A primeira a votar nesta segunda foi a desembargadora Cláudia Cristina Cristofani, que foi a favor do ex-juiz. Ela avalia que os gastos milionários, mais expressivos, atribuídos à pré-campanha do senador não estão comprovados nos autos. “Até o contrário, há prova de quem não foram feitos pelo senador”, afirmou. O relator do caso, desembargador Luciano Carrasco Falavinha, havia votado contra a cassação de Moro, com críticas ao “julgamento midiático”. Segundo ele, as alegações dos partidos não restaram evidenciadas e que as despesas de pré-campanha de Moro são “compatíveis”. “Não houve abuso de poder econômico, não houve prova de caixa dois, muito menos abuso nos meios de comunicação. Não se provou corrupção, compra de apoio ou mesmo uso indevido dos meios de comunicação, considerando que o investigado Sergio Moro tinha, já de muito tempo, ampla exposição midiática pela sua atuação na operação Lava-Jato que, repito, não está em julgamento aqui. Nem seus acertos, nem seus erros”, defendeu.
Para o desembargador José Rodrigo Sade, houve “patente abuso” no caso, com a “quebra da isonomia do pleito, comprometendo sua lisura”, e votou pela cassação do mandato de Moro. De acordo com ele, Moro assumiu risco em começar a gastar como pré-candidato a Presidência expondo-se a impugnação de sua candidatura. “A existência do abuso é patente e verificável de per si, independentemente de considerações sobre o efetivo impacto e resultado do pleito. Basta a comprovação dos fatos abusivos, no caso, o uso excessivo de recursos financeiros, para que reste configurado o ilícito eleitoral. Houve a quebra da isonomia do pleito, comprometendo sua lisura e legitimidade, de modo que deve ser reconhecida a prática de abuso de poder econômico, uma vez que foram comprovadamente realizadas condutas aptas a caracterizá-lo”, disse.
Guilherme Frederico Hernandes Denz defendeu que para avaliar o suposto abuso de poder econômico não seve se considerar apenas os gastos da pré-campanha no Paraná, tampouco a soma das despesas de todas as pré-campanhas realizadas por Moro. Em sua avaliação, devem ser avaliados todos os atos, mesmo que realizados em outros Estados, que tiveram um impacto na campanha do ex-juiz ao Senado pelo Paraná. Ele disse que não considerou, por exemplo, os gastos de Moro em viagens no interior de São Paulo. “Não impactou eleitoralmente no Estado do Paraná. Se avalia a vulneração ao bem jurídico tutelado pela Constituição Federal a legitimidade do pleito e a isonomia”, afirmou.
A pré-campanha de Sérgio Moro ao Senado pelo Paraná totalizou R$ 714 mil, o que segundo Denz, levou em conta despesas tipicamente eleitorais que reverteram ganhos políticos ao ex-juiz no caminho até o Congresso. “Os gastos em pré-campanha chegam 14% dos efetivamente contratados na campanha de Moro. Não se extrai que tenha havido uma extrapolação ao limite do razoável. À mingua de parâmetros objetivos, não se constata que os valores tenham assumido contornos de uso excessivo de poder econômico”, defendeu.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Leia também Desembargadora do TRE do Paraná vota a favor de Moro; placar está em 2 a 1 Justiça Eleitoral do Paraná retoma nesta segunda-feira julgamento de Moro
Veja o que é #FATO ou #FAKE sobre a tragédia no Rio Grande do Sul
da 888 casino: Circulam nas redes sociais mensagens falsas relacionadas à tragédia no Rio Grande do Sul por ocasião das chuvas. O #FATO ou #FAKE monitora e checa algumas delas. A Polícia Civil do Rio Grande do Sul abriu investigações para apurar a circulação de fake news. Acompanhe:
da fezbet:Impostos sobre doações
Circula nas redes sociais um vídeo segundo o qual a Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul está impedindo a entrada de caminhões com doações para os desabrigados pelos temporais que atingiram o estado por falta de nota fiscal. É #FAKE.
— Foto: g1
O secretário-chefe da Casa Civil do governo do Rio Grande do Sul, Artur Lemos, afirma que é fake a informação de que estão sendo retidas as doações em postos para a cobrança de impostos. "Não, não estão", diz. "As doações estão passando isentas e não há nenhuma cobrança de impostos", complementa. Veja o que ele diz:
"Nós não estamos impedindo a circulação de nenhuma espécie de alimento para doação", diz o coronel Douglas Soares, subcomandante geral da Brigada Militar. "Não estamos fazendo fiscalização de notas fiscais", complementa.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) afirma que não está bloqueando trânsito de veículos com doações. "É mentira que estejamos bloqueando o trânsito de veículos com doações por falta de nota fiscal ou que estejamos recolhendo reboques com motos aquáticas por falta de habilitação do proprietário", diz.
É #FAKE que secretaria da Fazenda esteja exigindo nota fiscal de doações para o Rio Grande do Sul — Foto: Reprodução
Crítica de Beyoncé a Madonna
Um vídeo que circula no TikTok e no X mostra a cantora Beyoncé supostamente recriminando Madonna e o Brasil por causa do show dela no Rio de Janeiro ao tempo em que os efeitos do temporal castigavam o Rio Grande do Sul. Uma legenda diz: "Beyonce manda recado para Madonna e para o Brasil. É #FAKE.
Uma pesquisa pela origem da imagem mostra que o vídeo, na verdade, é 30 de maio de 2020, bem anterior à tragédia no Rio Grande do Sul. Na ocasião, Beyoncé homenageava George Floyd, morto por policiais nos Estados Unidos. Na edição falsa, o áudio original com a voz da cantora é trocado por uma "tradução" que na verdade inventa as alegações atribuídas a ela. Ferramentas de detecção apontam que o áudio foi gerado por inteligência artificial.
É #FAKE que vídeo mostre Beyonce criticando Madonna e Brasil por show em meio a temporal no RS — Foto: Reprodução
Doações retidas em Lajeado
Voltou a circular em maio de 2024 um vídeo de setembro de 2023 em que uma mulher diz que doações às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul estavam sendo retidas para aguardar a chegada do presidente Lula a Lajeado — que então faria fotos e vídeos com as doações ao liberá-las. É #FAKE.
— Foto: g1
O vídeo é antigo e foi checado pelo Fato ou Fake em setembro de 2023. Não tem, portanto, nenhuma relação com a tragédia que afeta o Rio Grande do Sul no início de maio de 2024. Além disso, já em 2023 a alegação foi classificada como falsa porque Lula não foi para Lajeado. Ele estava na cúpula do G20 em Nova Délhi, na Índia. Quem visitou as cidades atingidas pelo ciclone no Rio Grande do Sul foi o vice-presidente Geraldo Alckmin. Em 2024, o presidente esteve em Lajeado em março, antes, portanto, do temporal que afetou o estado.
É #FAKE que doações foram paradas em Lajeado para esperar visita de Lula — Foto: Reprodução
Starlink é única internet que funciona no RS
Uma publicação no X alega que a única internet que está funcionando no Rio Grande do Sul é a Starlink. É #FAKE.
A publicação é desmentida nas respostas publicadas por vários usuários que intaragiram com o post. Além disso, o sindicato nacional das empresas de telefonia e serviço móvel celular e pessoal (Conexis) afirma que a alegação é falsa. Afirma que as principais operadoras de internet fixa e móvel do Rio Grande do Sul têm mantido as redes ativas na maior parte do estado e seguem atuando para recuperar as redes afetadas pelas fortes chuvas. Diz ainda que as prestadoras acompanham o retorno da energia elétrica, a situação climática e a liberação de estradas que estão bloqueadas para poderem trabalhar com segurança no restabelecimento dos serviços. No caso da internet móvel,, as associadas que atuam no estado habilitaram suas redes de forma que, onde há apenas uma das redes disponíveis, automaticamente os clientes de qualquer operadora de celular possam acessar a rede disponível de forma gratuita. A medida vale para todos os clientes com serviço ativo, com planos pós ou pré-pagos. Para usar a rede aberta entre operadoras é preciso habilitar/ativar nos aparelhos celulares a opção "roaming" e "seleção automática de operadora."
É #FAKE que Starlink seja unica operadora que funciona no Rio Grande do Sul — Foto: Reprodução
Gado arrastado
Circula nas redes sociais um vídeo que mostra o momento em que a força da água arrasta várias cabeça de gado quase submersas. Legendas afirmam que as imagens foram registradas durante a tragédia no Rio Grande do Sul em maio de 2024. É #FAKE.
— Foto: g1
Uma busca pela origem das imagens mostra que o vídeo foi registrado no México, em 2020, durante o transbordamento de um rio. A imprensa local cobriu o assunto.
As mesmas imagens do gado arrastado foram usadas em mensagens falsas publicadas em outros idiomas e posteriormente verificadas por agências de checagem.
300 mortos em Canoas
Circula nas redes sociais um vídeo em que um homem alega que havia "mais de 300 corpos" em uma área inundada na cidade de Canoas, após a tragédia que atingiu o Rio Grande do Sul. É #FAKE.
— Foto: g1
No vídeo, o homem diz: "Ouvi aqui os cara que tavam de barco na Mathias [um bairro da cidade]… tem mais de 300 corpos mortos num canto que eles estão tocando ali na entrada da Mathias e fora os corpos que eles não têm mais como pegar, porque eles tão pegando gente viva, mas tem mais de 300 corpos e os Bombeiros estão calculando mais de mil pessoas mortas".
Questionada, a Prefeitura de Canoas afirma que a mensagem é falsa. Até as 17h51 de terça-feira (7), havia no município registro de dois óbitos e 25 desaparecidos.
Na mesma data havia em todo o Rio Grande do Sul registro de 95 mortos em razão dos temporais, quatro óbitos sob investigação, 131 desaparecidos e 372 feridos, de acordo com dados da Defesa Civil.
É #FAKE que foram encontrados 300 mortos após temporal em Canoas, no RS — Foto: Reprodução
Veja agora o que é #FATO:
Maior cheia, superando a de 1941
A cheia provocada pelo temporal que atingiu o Rio Grande do Sul passou a ser classificada como a maior do Rio Guaíba, superando a de 1941. É #FATO.
— Foto: g1
Na manhã de sábado (4), o nível da água do Guaíba superou os 5 metros no cais do porto. O nível é maior do que o da cheia histórica de 1941, quando o Guaíba chegou à marca de 4,76 metros. Fernando Dornelles, professor do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS, afirmou que, curiosamente, ambas as cheias (a de agora, e a de 1941) ocorreram em maio. O especialista diz que o mês é atípico, visto que o acúmulo de águas no Guaíba ocorre, normalmente, na transição entre o inverno e a primavera.
É #FATO que Gaíba atingiu maior cheia da história de Porto Alegre — Foto: Reprodução
Aeroporto fechado por vários dias
Publicações em redes sociais afirmam que o Aeroporto de Porto Alegre ficará fechado por vários dias após o temporal. É #FATO.
Na noite de sexta (3), o Aeroporto Internacional Salgado Filho foi fechado por causa do impacto da enchente na cidade. A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) informou, na manhã desta segunda-feira (6), que o aeroporto está fechado por tempo indeterminado, com todas as operações suspensas. A Fraport, administradora do aeroporto, divulgou um "Notice to Airman" (Notam) em que coloca o dia 30 de maio como data final da suspensão das operações.
É #FATO que aeroporto de Porto Alegre ficará fechado dias após o temporal — Foto: Reprodução
Fato ou Fake Explica:
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